13 de nov. de 2008

Esperança

Oxalá que esse clima de otimismo se mantenha e converta em propostas afirmativas para a população mundial. Que possamos encontrar um caminho que nos faça eliminar a cor da pele como fator predominante de qualidade e eficiência.

Barack está nos proporcionando isso. Mais que um provável grande estadista, ele é símbolo de esperança, não só entre nós negros mas também para a paz mundial e o surgimento de uma nova era. Não quero aqui que pensem que eu (se tivesse direito a voto na eleição americana) votaria em Obama. Estou mais perto de ser Republicano que Democrata. Mas o que foi visto no pleito norte-americano a partir do resultado das urnas, foi um povo americano vibrante e lideres mundiais otimistas com o futuro.

Nesse mês (Novembro/2008) mais uma vez estaremos lembrando da história de Zumbi. Uma luta diferente da que se vê hoje. Não lutamos pelo fim da escravidão, como esse grande guerreiro, mas sim pela verdadeira liberdade do povo negro.

Liberdade política, liberdade econômica e também de liberdade religiosa.

Não podemos aceitar que negro é obrigado a militar nos partidos ditos de esquerda. Temos que saber atuar em todos os cenários. Tirar esse estigma de que somos coitados, Barack nos mostrou que não é bem assim. Podemos ir em frente, procurar melhorar a condição de vida e melhorar o padrão político-social.

Cultuar os Orixás Afro-brasileiros é olhar o futuro, vivendo intensamente o presente, respeitando e aprendendo com o passado. Qualquer forma de coibir os ritos das religiões Afro-brasieleiras é preconceito e vai de encontro ao que diz a Declaração Universal dos Direitos Humanos (Todo o homem tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião; este direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de manifestar essa religião ou crença, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pela observância, isolada ou coletivamente, em público ou em particular). Nossa Carta Magna garante que o Brasil é um país laico, ou seja, que nós brasileiros possuímos a liberdade de cultuar a religião que quisermos até mesmo não cultuar nenhuma.

O que se busca nessa semana da consciência negra é o respeito aos nossos credos, a nossa cultura, a nossa maneira de ver a vida, a nossa condição humana e tudo que cerca nossa História.

Marcelo Batista - 4º vice-presidente