2 de jul. de 2008

O lugar dos Jovens

Relegar a juventude à ausência quase completa de perspectivas é uma das coisas mais perversas que pode acontecer. A realidade vivida por boa parte das gerações nascidas nas últimas décadas, especialmente nas grandes cidades, é muito complicada. Boa parte delas não freqüenta a escola e não tem emprego. Em São Paulo, há poucos dias, foi realizado um estudo denominado de Índice de Vulnerabilidade Juvenil. O indicador criado pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) buscou saber qual a verdadeira situação dos jovens. Considerou números da freqüência escolar, morte por homicídio e gravidez precoce.
Felizmente, o dado que mais chamou a atenção é positivo: o aumento da freqüência ao ensino médio. Se em 2000 apenas 52% dos jovens haviam se matriculado, em 2005 o contingente passou para 68%, o que é um progresso apreciável. A taxa de mortalidade de jovens entre 15 e 19 anos, mesmo como o aumento geral da criminalidade, passou de 216 óbitos para 141, uma queda animadora. Esta taxa é sugestiva e serve para o nosso Estado também: com mais educação, temos menos violência. Difícil é imaginar que qualquer progresso social possa ser alcançado sem avanço considerável no ensino, em especial num País cuja educação, nos últimos anos, deixa muito a desejar. A realidade nos mostra que andamos no caminho certo ao propormos a Educação Integral em nosso Estado como meio para manter o jovem na escola, em aprendizado constante e, portanto, longe da criminalidade.
Nesse sentido o trabalho da Subcomissão de Educação de Educação Integral vai contribuir para melhorar do ensino estadual. Para isso, contamos com o Plano de Desenvolvimento da Educação, do Governo Federal, na expectativa de que ele aproxime a escola do aluno ao oferecer ao jovem a possibilidade da Educação Integral, assegurando lugar para a sua formação e conhecimento e afastando-o dos problemas sociais.
Mano Changes - Deputado estadual e relator da Subcomissão de Educação Integral da Assembléia Legislativa